A Medicina Psicossomática vem informando que uma grande gama de doenças que nos acometem são induzidas pelas nossas emoções descontroladas, orientando-nos, a partir disso, a uma tomada de posição para a busca de um equilíbrio e reversão do problema.
A Doutrina Espírita, indo mais longe, ensina-nos que a causa profunda das nossas doenças é moral, radicando-se, portanto, no espírito imortal, e que os procedimentos humanos de cura, conquanto louváveis no seu objetivo, são apenas paliativos, uma vez que a cura definitiva depende de um verdadeiro saneamento espiritual, no sentido da erradicação das imperfeições morais.
Se o descontrole emocional incontido, havido numa encarnação, pode produzir doenças, o conjunto das tensões emocionais de várias encarnações e não sufocadas com o autocontrole gera doenças físicas e psicológicas, que o melhor médico e o mais eficiente psicólogo só poderão mitigar, mas não curar. Isto porque a cura definitiva ocorre na instância espiritual, através do autoconhecimento e do esforço diuturno de combate às más tendências
O conhecimento de si mesmo, defendido por Sócrates e consagrado por Santo Agostinho, é apresentado pelo Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, na sua questão 919, como o recurso mais eficaz para o homem estabelecer a sua reforma íntima, o seu equilíbrio moral, equilíbrio este que refletirá necessariamente na sua saúde física e espiritual.
A mente está na base desse autoconhecimento. Pela lei de afinidade mental, os pensamentos de mesmo padrão vibratório se unem, os desiguais se afastam. Os pensamentos pessimistas já produzem mal-estar e desconforto ao seu emissor. Se eles atraem, por seu turno, pensamentos da mesma natureza, a situação do emissor fica então pior. A permanência do quadro pode gerar enfermidades da mais simples às mais graves.
A mudança da qualidade dos pensamentos no sentido de afastar os prejudiciais e atrair os positivos e otimistas, é um processo inicial de busca de cura definitiva.
Desse processo devem fazer parte:
ü esperança de melhores dias;
ü conformação ante reveses irreversíveis;
ü amor incondicional a todos;
ü caridade;
ü compreensão;
ü tolerância;
ü humildade;
ü atitude de perdão, ao invés de ódio, ressentimentos ou vingança;
ü confiança em si mesmo, como espírito imortal;
ü confiança em Deus, como Pai de misericórdia infinita e soberana bondade;
O Espiritismo, através das suas obras básicas, publicadas por Allan Kardec, coloca a reforma intima como meta da criatura para atingimento da perfeição moral e, consequentemente, da felicidade plena. Atingida a meta, alcançada a cura definitiva. Mas o Espiritismo não a apresenta como hipótese, mas como verdade incontestável revelada pelos Espíritos Superiores e que se respalda nos ensinos morais de Jesus.
Osvaldo Ourives
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