O Livro dos Espíritos: 163 anos iluminando consciências!
Em artigo
publicado no Courrier
de Paris sobre
esse livro, em 11 de julho de 1857, o Sr. G. du Chalard diz, entre várias outras coisas:
“O Livro dos Espíritos do
senhor Allan Kardec é uma página nova do grande livro do Infinito, e estamos
persuadidos de que se colocará um marcador nessa página. Ficaríamos desolados
se cressem que fazemos, aqui, um reclamo bibliográfico; se pudéssemos supor que
assim fora, quebraríamos nossa pena imediatamente. Não conhecemos, de modo
algum, o autor, mas, confessamos francamente que ficaríamos felizes em
conhecê-lo. Aquele que escreveu a introdução, colocado no cabeçalho de O Livro dos Espíritos, deve ter a
alma aberta a todos os nobres sentimentos.
.....................................
A todos os deserdados da Terra, a todos aqueles que caminham ou que
caem, molhando com suas lágrimas a poeira do caminho, diremos: lede O Livro dos Espíritos, isso vos
tornará mais fortes. Aos felizes, também, aqueles que não encontram, em seu caminho,
senão aclamações da multidão ou os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o, ele
vos tornará melhores”.
Sublime e
profunda verdade exposta pelo Sr. G. du Charlard. A citada obra vem, há 162 anos, iluminando consciências, em especial daqueles que não se satisfazem com
os conceitos emitidos pela fé cega, em grande parte contrária aos pressupostos
científicos.
O Livro
dos Espíritos proporciona, àquele que o compulsa e imerge no seu caudal de
ensinamentos, as verdades que libertam. Através do seu estudo obtém o homem
conhecimento acerca da sua origem, da sua natureza e destinação, bem assim
passa a compreender melhor as razões da dor e do sofrimento. O grande pensador romano Sêneca dizia: “Se um homem não sabe a que porto se
dirige, nenhum vento lhe será favorável”. Os ensinamentos espíritas são comparáveis a faróis
norteadores, pois clareiam a nossa estrada e nos remetem, de forma segura, em
direção a Deus. Internalizando-os, sabemos que fomos destinados ao aprisco
divino e teremos o sopro dos bons espíritos favorecendo-nos a caminhada.
Com o
advento de O Livro dos Espíritos aporta-se, portanto, na Terra a Doutrina
Espírita, que se complementa com O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho
Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865), e A Gênese (1868).
Instruído por esta Doutrina, consoladora por excelência, o seu adepto enfrenta,
de cabeça erguida, as vicissitudes, os obstáculos e as dificuldades, arrostando
com coragem e confiança em Deus o que pode ser superado, e resignando-se, sem
quaisquer laivos de revolta, ante o que não pode ser modificado porque entende
que ele mesmo é o artífice dos males que defronta, que nenhum sofrimento
sobrevém injustamente.
A vida
futura para o espírita consciente é uma realidade que lhe acende na alma a
chama do otimismo, da esperança, da consolação e da plena convicção acerca da
felicidade absoluta que Deus reserva a todas as suas criaturas.
Na
questão 627 do livro em foco, os Espíritos Superiores afirmam: “Estamos incumbidos de preparar o reino do
bem que Jesus anunciou”. Foram eles que revelaram a Doutrina Espírita com o
apoio dos encarnados sob a liderança do insigne mestre Allan Kardec, o seu
Codificador. O Espiritismo, portanto, faz parte dessa preparação do Reino do
Bem, pois tem por objetivo esclarecer o homem acerca das leis que regem a sua
evolução. De posse desse conhecimento, que enseja ampla e profunda compreensão
das lições de Jesus, como se constata no estudo de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, o verdadeiro espírita procurará ajustar-se a tais leis, combatendo
em si as tendências nocivas como egoísmo, orgulho, vaidade, ódio e
intolerância, que são causadoras das desgraças humanas.
Qualquer
pessoa, crente ou descrente do ponto vista religioso, até mesmo um
materialista, concluirá que os males da Terra seriam afugentados se os homens
domassem os mencionados vícios!
Compreendendo
melhor as lições de Jesus, Venerável Governador deste Planeta, o espírita,
animado pelo compromisso de evoluir, deve cumprir fielmente a lei de Justiça,
de Amor e de Caridade! Deve fazer do amor, da caridade, da humildade, do
perdão, da indulgência, da brandura, da paz, regras seguras de como se
comportar no lar, na vizinhança, no trabalho, no esporte, onde quer que esteja.
Deve buscar sempre a sintonia com o Pai Celeste através da prece, recebendo do
Alto, a cada contato, força, ânimo e inspiração para avançar na senda do
progresso. Se não age dessa forma, é
falso espírita. Mas o verdadeiro espírita, aquele que põe em prática os ensinos
assimilados, estabelece em si paz, harmonia e alegria de viver e arrastará com
seus exemplos outras pessoas ao progresso espiritual, contribuindo com Jesus e
seus mensageiros na implantação do Reino do Bem na Terra.
Que Deus
abençoe sempre os Espíritos Superiores que trabalharam incansavelmente para que
a Doutrina Espírita fosse revelada à humanidade, desde os fenômenos precursores
do seu advento, como os de Hydesville, EUA, até os que se irromperam na
Inglaterra, Alemanha e França!
Que as
mesmas bênçãos envolvam o eminente mestre lionês Allan Kardec, que, pelo seu
conhecimento, bom senso, inteligência, humildade, discernimento, dedicação e
destemor, possibilitou, em contato com a Espiritualidade Superior, chegasse a
nós a Doutrina Espírita, a partir de O Livro dos Espíritos, em 18 de
abril de 1857!
Que
também sejam abençoados todos os médiuns por quem se manifestaram os
reveladores do Consolador Prometido, bem como todos os demais colaboradores que
prestaram o seu inestimável e necessário auxílio à Terceira Revelação!
Osvaldo Ourives
Adorei o texto, pois ele traz de forma suave a importância das obras de Kardec, iniciando-se com o livro dos espíritos. Esta data de 18 de abril que é um marco na história da humanidade. Parabéns professor por seu empenho nos estudos e divulgação das obras de Kardec e os espíritos.
ResponderExcluirObrigado, Clécio, pelo estímulo!
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