A 1ª edição de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, foi publicada em 18 de abril de 1857, num sábado da primavera, pelo E. Dentu, Palais Royal, Galérie D’orléans, 13, PARIS, França.
Com o advento do referido livro, o nosso Planeta viu despontar o Espiritismo ou Doutrina Espírita, como é, também, chamado, o qual, vem, há 154 anos, lançando luzes à consciência daqueles que não se satisfazem com os conceitos emitidos pela fé cega, pelo dogmatismo.
Fundamentando-se em princípios consistentes, lógicos, o Espiritismo encara a razão frente a frente sem os laivos do temor, porque propõe aos seus adeptos uma fé raciocinada, sem imposição, que, para ser aceita, deve ser examinada com liberdade, compreendida e submetida ao crivo da razão, inegavelmente uma das mais importantes faculdades do ser humano.
Desde o seu início, a Doutrina Espírita vem sustentando que Fé e Ciência devem andar juntas, a fim de que ambas possam nos oferecer uma cosmovisão mais justa: a Ciência revelando leis do mundo físico, e a fé raciocinada revelando as leis do mundo espiritual.
Abrir mão do livre exame, da razão, da curiosidade que leva à pesquisa e das conquistas da Ciência, para a aceitação cega de colocações absurdas e equivocadas, e até já negadas, contraditadas repetidas vezes pelos rigorosos processos da pesquisa científica, é abdicar-se da própria liberdade, do ensejo de aprender, de interagir muito melhor com os seus semelhantes, que são, às vezes, discriminados só porque não compartilham certas crenças.
O Espiritismo, tendo por regra o apreço por todas as crenças, está disponível ao livre exame. Afirmar ser ele isso ou aquilo sem conhecê-lo, é demonstrar flagrante ignorância ou má-fé!
Osvaldo Ourives
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