Revelação guardada desde 1986!
O
prestigiado jornal Folha Espírita de
maio/11 traz uma revelação feita em 1986, pelo médium Francisco Cândido
Xavier a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo
(MG) e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte/MG, sobre o futuro reservado
ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos. Marlene Nobre
pelo FE entrevista Lemos Neto, que disse carregar este fardo há muito tempo (25
anos), cumprindo agora o dever de revelá-lo em sua completude. Diz que, em
1986, quando dessa conversa com o Chico, sentiu que sua mente estava recebendo
um tratamento mnemônico diferente para que não viesse a esquecer aquelas
palavras proféticas, e que seria chamado a testemunhá-las no momento oportuno,
que chegou.
Aqui
estão as partes principais da longa entrevista. A íntegra pode ser lida no
exemplar nº 439, ano XXXV, de maio de 2011 do jornal Folha Espírita.
“(...) Assim, tive (Geraldo) a felicidade de conviver na
intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a
dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre
esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de
Jesus.
Um
desses temas foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. (...) Desde
então, Chico tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto.
Numa dessas conversas, lembrando o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho, pelo espírito Humberto de Campos, Lemos Neto externou ao Chico sua
dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados
da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a
fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem
falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.
Lembro-me,
como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: “Ora, Geraldinho, você
está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do
Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de
doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes
e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais
próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o
fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da
cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve
servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar
das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a
imortalidade gloriosa!”
Na
sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente
dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de
nossa nação e do mundo?
Chico
pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de
algum tempo, retornou para dizer-nos: “Você se lembra, Geraldinho, do livro de
Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa de nosso benfeitor,
no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições, Emmanuel
afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião
da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos
membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na
atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a
nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso
mundo.
Pois
então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa
reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na
comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela
primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o
direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20
de julho de 1969. Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é
Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso
Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de
nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos
diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do
celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à
comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta
Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do
século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso
mundo tivesse uma última chance de progresso moral.
O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora”.
Extremamente
curioso com o desenrolar do relato de Chico Xavier, perguntei-lhe sobre qual
fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: “Nosso Senhor
deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se
em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou
Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na
manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de
colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária
do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Perguntei, então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me
respondeu:
“Nós
alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução
para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de
todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da
Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura,
que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais
evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem
abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então
inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de
fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas,
possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram
para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra,
uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso
planeta.”
Então perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor
hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o
fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações
terrestres se lançarem a uma guerra nuclear?
“Ah!
Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III
Guerra Mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e
desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior,
reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem
começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da
natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos
defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis)
consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito tempo extintos;
enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os polos do globo com
trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e,
neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas
acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso
globo terrestre.”
Segundo o médium, “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu
papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das
hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e
econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício
e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o
descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobras uma das
maiores empresas do mundo”.
E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante
papel no cenário global, e isso terá como consequência a elevação da cultura
brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo
Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o
interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o
Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios
se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se se situa o Brasil, que então
seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do
Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão
espiritual perante os povos migrantes.
A
Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu
esplendor de conquistas científicas e orais, porque seria necessário mais um
longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se
reorganizarem em seus fundamentos mais básicos.”
Pergunta Marlene Nobre pela Folha
Espírita - Segundo Chico Xavier,
esses fluxos migratórios seriam pacíficos? Geraldo - Infelizmente não. Segundo
Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das
nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da
América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações
fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto
no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a
exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte,
embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar
sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das
hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos
irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.
Neste
ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou:
“Nosso
Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro
nações distintas.
Somente
uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros
restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os
norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do
País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os
Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile.
Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso
Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os
Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós
não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua
ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que
aprender com os povos invasores.
Vejamos,
por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor
ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão
nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à
cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções
de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições
milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos
irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus,
entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa
gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos
desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior,
testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre
da mediunidade com Jesus”.
FE:
O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria
imune aos movimentos telúricos da Terra?
Geraldinho
– Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e
sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas
costeiras. Acontece que de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem
menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
FE
- Você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de 1969, tenha precipitado
de certa forma a preocupação com as conquistas científicas dos humanos, que
poderiam colocar em risco o equilíbrio do Sistema Solar?
Geraldinho – sim, creio que a revelação de Chico Xavier a respeito
traz, nas entrelinhas, essa preocupação celeste quanto às possíveis
interferências dos humanos terráqueos nos destinos do equilíbrio planetário em
nosso Sistema Solar. Pelo que Chico Xavier falou, alguns dos seres angélicos de
outros orbes planetários não estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50
anos, que vencerá daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas nefastas
e perniciosas influências. Essa última hora bem que poderia ser por nós
considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso favor,
uma vez que, pela explicação de Chico Xavier, foi ele, Nosso Senhor, quem
advogou em favor de nossa causa, ainda mais vez mais.
Outra
decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que,
após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e
na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra.
Reencarnar aqui, a partir dessa data equivaleria a um valioso prêmio justo,
destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar,
no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes
como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e
nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria
reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de
fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos,
exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do
Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de
nosso orbe.
Todos
os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000,
encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações
e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o
estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua
insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses
mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo
ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.
É
a nossa última chance, é a última hora... Não há mais tempo para o
materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou
seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos nas sombras
de nossa própria ignorância.
Que
será de nós? A resposta está em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo. É
a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo
melhor caminho, o da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração
chegará para nós de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente
escolher o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos um
longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos, segundo Chico
Xavier. Entretanto, sejamos otimistas. Lembremo-nos que deste período de 50
anos já se passaram 42 anos em que as nações mais desenvolvidas e responsáveis
do planeta conseguiram se suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra
de extermínio nuclear. Essa era a pré-condição imposta por Jesus.
Não
estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos
diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa
planetária, aqui na Terra. Temos diante de nós dois caminhos a seguir. O
caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual
coletiva. O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo
dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual de nossas
coletividades. Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e
coletivas. Oremos muito.
O
próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já
publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não
serem cumpridas.
São
na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de
nós a hipótese do pior caminho”.
O
texto também faz parte do livro “Não
será em 2012 Chico Xavier revela a data-limite do velho mundo”, publicado
pela FE Editora em 2012, de autoria de Marlene Nobre e Geraldo Lemos Neto.
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