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terça-feira, 31 de julho de 2012

Provas e expiações na Terra

PROVAS E EXPIAÇÕES NA TERRA
Osvaldo Ourives

   Os Espíritos Superiores classificam a Terra, no concerto dos mundos habitados, como planeta de Expiações e Provas (Cap. III, do Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec). Expiação significa sofrimento, limitação física ou moral, que resgata, corrige, as faltas cometidas no passado, seja nesta ou noutras reencarnações; e Provas significando testes pelos quais se avalia se a aprendizagem foi ou não devidamente internalizada.
   Provas e expiações são sempre condições que nos impõem desconforto. Até mesmo espíritos reencarnados em atividades missionárias, sem terem o que expiar ou provar, não deixam de ter a sua cota maior ou menor de sofrimento, haja vista a vida e a obra de Jesus Cristo.
  Nesses casos, quando o reencarnado suporta o peso da sua cruz com galhardia, coragem, resignação e confiança em Deus, credencia-se a viver um futuro melhor em razão de galgar alguns ou muitos degraus na senda evolutiva, em demanda à felicidade plena para a qual todas as criaturas são destinadas.
   Por isso que Jesus proferiu no Monte, entre tantos sublimes ensinos, as Bem-aventuranças, que podem ser resumidas na seguinte máxima: “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados”. (Cap. V, da mesma obra).
   Quando enfrentamos situações dolorosas, apesar do nosso máximo esforço em suavizá-las, não devemos permitir que a revolta, o ódio e o desespero visitem as nossas almas, pois essas respostas só fazem agravar ainda mais o nosso sofrimento e a nossa dor.
   Devemos, pelo contrário, aprofundar mais a nossa confiança no Pai Celeste, estreitando nossos laços com Ele através de preces sinceras e de amor ao próximo. Para isso há a necessidade premente e permanente do cultivo de um coração indulgente e generoso, o que significa, esforço diário em sufocar ódio, mágoa, ressentimento, pessimismo ou rebeldia. Agindo dessa forma, Deus nos dará o seu divino bálsamo, que suaviza dores, enxuga lágrimas e cicatriza feridas.
   O trabalho perseverado de sufocar as tendências nocivas produz em nós resultados benéficos até com relação à saúde física, pois muitas pesquisas científicas já nos advertem, há tempos, que sentimentos e emoções inferiores contribuem para o nosso infortúnio, gerando doenças das mais simples às mais graves.
   A paz verdadeira que buscamos depende, portanto, somente do nosso empenho, porque ela é desenvolvida dentro e, não, fora de nós, como nos ensina Jesus. Ela é uma construção nossa; não é uma concessão dos outros. Isto é o que significa “fazer a nossa parte para que o Céu nos ajude”.
   Perseverando sempre nesse caminho, mais cedo ou mais tarde teremos a verdadeira Paz raiando nos horizontes da nossa existência e de forma definitiva.

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