Sempre gostamos de dizer: o Espiritismo respeita todas as religiões e, logicamente, os seus seguidores pela opção exercida.
A Doutrina Espírita não tem preocupações em fazer prosélitos, quer dizer, em procurar convencer qualquer pessoa sobre seus postulados, em arrebanhar, a qualquer custo, pessoas para as suas fileiras. Já foi dito, e com muita sabedoria, que fé não se impõe, mas se conquista. Não deve ser cultivada cegamente, mas conquistada pela razão, pelo bom senso.
A História está a nos demonstrar que quando se impôs a fé, muitos crimes foram perpetrados e suas páginas se tingiram de sangue.
O Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, sempre enfatizou que o Espiritismo não veio para os que estão satisfeitos com sua crença ou descrença, mas para os que estão atormentados por dúvidas que as crenças ou filosofias outras não resolvem.
Ser profitente deste ou daquele matiz religioso é opção digna, respeitável e objeto de toda proteção possível, tanto que a Carta Magna, a nossa Constituição Federal, consagra a liberdade de crença.
O Espiritismo é uma Doutrina de livre exame, requer estudo e compreensão como requisito básico à sua aceitação, exortando os neófitos à fé raciocinada. Em razão de tudo isso não pode ser imposto.
Como já disse o Espírito Emmanuel, a maior caridade que se faz com relação ao Espiritismo é a sua divulgação. E a melhor divulgação é a que se faz pelos bons exemplos nascidos do esforço de construção da reforma interior. Já se disse que as palavras podem convencer, mas os exemplos sempre arrastam.
Quem vivencia ou faz esforço de vivenciar as lições do Cristo, estará sempre divulgando a necessidade do bem, da caridade, do amor ao próximo, do perdão incondicional a todas as criaturas, sem necessidade de discussões estéreis impregnadas de ódio e ressentimento, sem necessidade das retóricas fanáticas e vazias, que sempre afastam os homens de Deus ao invés de produzirem a aproximação.
Osvaldo Ourives
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