Justificativa
Assim como qualquer pessoa pode procurar tratamento psicológico alinhado aos seus valores e crenças, a reencarnação deve ser levada em conta pelos psicoterapeutas, que devem procurar formação adequada em abordagens coerentes e eficazes sem misticismo ou práticas divinatórias. As informações obtidas na psicoterapia devem ser sobre o que os pacientes acreditam, o que exige conhecimento de estratégias objetivas para otimizar o enfrentamento das dificuldades com base neste sistema de crenças. O artigo “Should psychotherapy consider reincarnation?” a ser apresentado e tecnicamente ensinado no Curso é a primeira publicação científica sobre a interface equilibrada entre reencarnação e psicoterapia, que também oferece contribuições ponderadas em tópicos que discutem os riscos e as contra-indicações desta prática.
Em
todo o mundo há um grande número de pessoas que crêem na reencarnação. Segundo
dados do World Values Survey, tal crença é professada por 22,6% da população
nos países nórdicos, 27% na Europa Ocidental, 20,2% na Europa Oriental. Já nos
Estados Unidos o número chega a 27% (Gallup, 2003) e no Brasil, a 37% (Data
Folha, 2007). Parte importante da cultura, as crenças religiosas têm papel
relevante na formação de juízos e no processamento de informações, auxiliando
muitas pessoas a organizarem ou compreenderem eventos dolorosos, caóticos e
imprevisíveis que podem gerar sintomas diversos. A inclusão de “problemas
religiosos ou espirituais” como categoria diagnóstica no DSM-IV (American
Psychiatric Association, 1994) reconhece que os temas religiosos e espirituais
podem ser foco da consulta psiquiátrica/psicológica.
O
artigo “Should psychotherapy consider reincarnation?”, recentemente publicado
no Journal of Nervous and Mental Disease
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22297317), enfatiza o crescente reconhecimento
da necessidade de se levar em conta o ambiente cultural e os sistemas de
crenças dos pacientes na psicoterapia. Respeitar as opiniões e realidades
subjetivas do paciente é uma necessidade terapêutica e um dever ético, mesmo
que os profissionais não compartilhem das mesmas crenças. A crença na
reencarnação – envolve um ciclo contínuo de aprendizado e evolução através das
vidas sucessivas – é encontrada ao longo da história humana em diferentes
épocas e culturas. Deste ponto de vista, as dificuldades são transitórias e
podem ser superadas quando suas lições que as adversidades trazem são
absorvidas.
Estar
confortável para abordar com o paciente temas sobre espiritualidade e
religiosidade como a reencarnação é o primeiro de uma série de passos para que
o processo terapêutico siga as diretrizes éticas. A integração da crença
reencarnacionista durante a psicoterapia requer profissionalismo, conhecimento
e capacidade de alinhar as informações coletadas sobre os valores do paciente
para o benefício do seu processo terapêutico. Questionamentos como psicólogos e
psiquiatras devem discutir reencarnação com seus pacientes?, quais são os
limites profissionais quando temas religiosos e/ou espirituais são trazidos?
serão esclarecidos no Curso.
Recentemente
um artigo no The New York Times (Lisa Miller) afirmou que o interesse na
reencarnação está em ascensão, e os responsáveis pela divulgação não são monges
ou teólogos, mas terapeutas. Esta notícia nos indica uma abertura terapêutica
saudável, mas também uma preocupação com ‘falsos-terapeutas’ que não possuem um
treinamento clínico adequado para conduzir a psicoterapia. Atribuir
significados aos sintomas de ansiedade, desajuste, fobia específica ou estresse
pós-traumático, alinhados aos conteúdo de supostas vidas passadas – se essa for
a crença do paciente – podem favorecer a atenuação ou libertação dos sintomas.
Assim como qualquer pessoa pode procurar tratamento psicológico alinhado aos seus valores e crenças, a reencarnação deve ser levada em conta pelos psicoterapeutas, que devem procurar formação adequada em abordagens coerentes e eficazes sem misticismo ou práticas divinatórias. As informações obtidas na psicoterapia devem ser sobre o que os pacientes acreditam, o que exige conhecimento de estratégias objetivas para otimizar o enfrentamento das dificuldades com base neste sistema de crenças. O artigo “Should psychotherapy consider reincarnation?” a ser apresentado e tecnicamente ensinado no Curso é a primeira publicação científica sobre a interface equilibrada entre reencarnação e psicoterapia, que também oferece contribuições ponderadas em tópicos que discutem os riscos e as contra-indicações desta prática.
Em
nota pública o CFP esclarece que “A Psicologia é uma ciência que reconhece que
a religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição
da dimensão subjetiva de cada um de nós”.
Objetivos
Fornecer
aos psicoterapeutas conhecimento e treinamento de estratégias objetivas para
abordar eticamente os pacientes reencarnacionistas que buscam psicoterapia e
otimizar o enfrentamento de suas dificuldades com base neste sistema de
crenças.
PROGRAME-SE
NOVAS
TURMAS
em
05 de março de 2013
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informações aqui
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