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FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A EXCELÊNCIA DA CARIDADE

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cuja primeira edição em Paris, França, completa neste ano o seu sesquicentenário, restaura, em suas páginas altamente esclarecedoras, a pureza dos ensinamentos de Jesus, os quais sofreram desvirtuamentos conforme os interesses particulares dos seus intérpretes. 

O Capítulo XV dessa magistral obra exalta a caridade como inevitável ação para o homem atingir a felicidade plena, tanto que traz como título "Fora da Caridade Não Há Salvação". Estudando-o, observamos que Allan Kardec e os Espíritos Superiores que o assistiam chegam a tão magnífica conclusão a partir de exame sério, lógico e profundo de várias lições do Cristo constantes do Novo Testamento. Na verdade toda a obra resulta de exame desse porte.

Começa o referido Capítulo analisando uma passagem de Mateus 25:31-46, em que Jesus discorre sobre o Juízo Final. Deve-se, enfatiza Kardec, evitar em muitas oportunidades interpretações literais, porquanto o sublime orador do monte utilizava alegorias, fazia uso de linguagem apropriada ao entendimento dos seus contemporâneos.

Juízo Final, em rápida apreciação, ocorre quando um orbe de categoria inferior passa para outra superior. A Terra, atualmente classificada como mundo de Expiações e de Provas, vive o seu momento de transição para mundo Regenerador, categoria que, segundo os Espíritos Superiores, será consolidada ainda na primeira metade deste milênio. O Juízo Final significa, portanto, uma espécie de julgamento no término da fase planetária, a escolha dos habitantes que preenchem moralmente as condições de permanência no planeta que se eleva no conserto dos mundos. Os que não satisfazem tais condições são exilados em outro de ordem inferior, onde prosseguem trilhando a senda evolutiva através das reencarnações sucessivas, sob o acicate da lei de causa e efeito, até absorverem e praticarem a moral divina, quando, então, alcançarão um Mundo Regenerador e, mais tarde, outros mais elevados, conforme seu progresso.

Sempre num falecimento ocorre um julgamento imposto pela consciência do desencarnado. Dito juízo determina se o mesmo será conduzido a instância espiritual infeliz, menos infeliz ou ditosa, conforme as suas ações. Mas será um julgamento parcial, porque o desencarnado permanece ligado ao planeta que lhe oferece regaço para futuras reencarnações.